quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Eu, um alien, mundando uma comunidade?

Sempre fui gamada na idéia de montar uma organização ou algo parecido para fazer um trabalho de desenvolvimento numa comunidade carente no Brasil.
Uma coisa que ficava martelando na minha cabeça era o fato de saber como é difícil alguém que vem de fora, derrepente cair de paraquedas numa comunidade e achar que sabe o que estão precisando e começar a executar projetos.

Como fazer parte da transformação de uma comunidade que não é necessáriamente a minha?

Estou mais aliviada e o medo sumindo, por nossas experiências aqui. Estamos aprendendo e observando o que a equipe tem feito.

Nessa minha curta e atual experiência, já pude ver pontos essenciais:

  1. A importância de morar na mesma comunidade. É como se estivesse sendo enxertado, adotado. Agora não se fala mais"deles", fala-se "nossa" comunidade, "nossas" escolas, "nossos" problemas. Muda muito a perspectiva tanto de quem chega quanto a de quem recebe.
  2. Escutar. Ouvir as histórias. Não chegar apresentando planos ou idéias revolucionárias. Dave Brubaker diz: "Colocar o ouvido no chão da cidade".
  3. Caminhadas + oração. Estar sensível para ouvir o que Deus já está fazendo e ainda almeja fazer ali. Se juntar ao que Deus já está fazendo ou já vem preparando.
  4. Conhecer pessoas específicas/ pessoas-chave. Líderes dentro da comunidade para que eles venham a liderar os movimentos necessários. A idéia é equipá-los, encorajá-los. Nosso nome deveria desaparecer. Eu resumo com: "da comunidade para a comunidade".

Sei que tem muito mais. Algum coment (acrescentar ou tirar) com relação ao assunto?

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